quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Arbitragem: Análise 4ª Jornada da Liga Zon Sagres

Apartir de hoje iremos ter a análise às arbitragens de todas as jornadas da Liga Zon Sagres onde iremos referir casos polémicos e avaliar o comportamente de cada arbitro jogo a jogo.

Análise
Comecemos a nossa análise á 4ª jornada da liga ZON Sagres, pelo FC Porto vs V. Setúbal, jogo que inaugurou a jornada na sexta-feira à noite, arbitrado por Marco Ferreira, da Madeira. Jogo relativamente fácil de dirigir, onde não se registaram casos dignos de polémica, prova disso mesmo são o escasso número de cartões exibidos, três para o FC Porto, dois para o V. Setúbal, ambos exibidos por infracções às leis de jogo, normais num jogo de futebol, e como tal nada a apontar ao árbitro nesse capítulo, num jogo onde os jogadores se entregaram á disputa do mesmo, preocupando-se apenas em jogar futebol, tendo o trabalho do árbitro sido facilitado na gestão do mesmo, demonstrou uma boa qualidade física, que lhe permitiu estar quase sempre em cima dos lances, permitindo-lhe uma melhor observação dos mesmos. Nota 4

Sábado no Estádio da Luz esteve Duarte Gomes de Lisboa a dirigir o SL Benfica vs V. Guimarães, jogo sempre difícil de gerir, pela garra e determinação que ambos os jogadores demonstram em campo, a comprová-lo estão os dez cartões amarelos exibidos, quatro para o SLB, seis para o VSC , mais alguns cartões ficaram no bolso do juiz, que nem sempre teve a coragem de os exibir quando se justificariam, fisicamente esteve bem acompanhando os lances, mas nem sempre avaliando os mesmos de forma correcta, três grandes penalidades assinaladas ainda na primeira parte a favor do SLB, se na primeira não merece discussão nenhuma, já a segunda e terceira são inexistentes, o árbitro tem a atenuante dos lances serem rápidos e do próprio movimento dos jogadores o poderem iludir em erro, como de facto aconteceu, por tudo isto nota negativa para Duarte Gomes, um árbitro de qualidade mas que teve uma noite má. Nota 2

Sábado realizou-se também o Paços de Ferreira vs Sporting CP para a capital do móvel seguiu Paulo Baptista de Portalegre, foi um jogo extremamente bem disputado e com muita energia, o que obrigou o árbitro a um grande desgaste físico. O jogo praticamente começou com o caso do jogo, aos 4 minutos Paulo Baptista considerou atraso de Rodriguez a Rui Patrício e não teve duvidas em assinalar livre indirecto a beneficiar a equipa do Paços Ferreira. Transcrevo de acordo com as leis de jogo e comunicados do International Board e do Concelho de Arbitragem da FPF. “Se um defensor efectua um pontapé que leve a bola no sentido da linha de baliza (vulgo linha de cabeceira), seja esse pontapé um corte ou um passe, poderá ser punido com pontapé livre indirecto, no caso de o guarda-redes tocar a bola com as mãos.” Assim sendo Paulo Batista esteve muito bem, tal como esteve na expulsão do jogador pacense, infelizmente na gestão disciplinar o juiz da partida revelou muita incoerência, exibindo alguns cartões sem nexo, e deixando outros no bolso, por isso tudo nota 3

Domingo tivemos Jorge Ferreira de Braga no derby de Aveiro, Beira Mar vs U Leiria, jogo realizado quase sempre a um ritmo baixo, o que permitiu ao juiz da partida apresentar ele próprio um ritmo suave, não lhe sendo necessário impor por isso mesmo uma carga física intensa, não se registaram casos difíceis de resolver, apenas algumas quezílias normais entre jogadores sendo a mais grave já a terminar a partida, quando Patrick agrediu um adversário, sendo naturalmente exibido o respectivo cartão vermelho directo. Nota 3

Seguimos para Olhão onde Olhanense e Feirense se defrontaram sobre a batuta de João Ferreira de Setúbal, jogo difícil de gerir, pela entrega que ambos os jogadores mostraram, fisicamente João Ferreira acompanhou sempre de perto os lances mas nem sempre consegui uma avaliação correcta dos mesmos, demonstrou coerência nas advertências e utilizou quase

sempre uma correcta aplicação das leis de jogo no que a disciplinarmente diz respeito. Duas expulsões, uma para cada lado perfeitamente justificadas. Nota 3

Braga recebeu o Gil Vicente com arbitragem de Rui Costa do Porto, naquele que foi um dos melhores jogos da jornada, disputado a um ritmo muito forte e com uma excelente entrega de ambos os jogadores, Rui Costa apresentou uma excelente condição física acompanhando todos os lances com relativa facilidade e tendo quase sempre uma correcta avaliação dos mesmos, sendo o caso mais difícil de decidir aos 65 minutos quando Éder derruba Lima quando este se dirigia isolado para a baliza, caindo já dentro da área gilista, cartão vermelho directo exibido a Éder e falta perigosa mesmo á entrada da área gilista, se quanto ao cartão vermelho directo nem se levantam duvidas quanto a justiça do mesmo, já quanto ao local da falta muitas questões levantou, contudo Rui Costa estava em cima do lance e decidiu muito bem marcando a falta fora da área, porque de facto a falta foi cometida fora da mesma. Nota 4

De Setúbal para a Madeira viajou Bruno Esteves para dirigir o Marítimo vs Rio Ave, um jogo bem disputado onde os jogadores não criaram dificuldades de maior ao árbitro setubalense, que apresentou uma excelente condição física, sete cartões amarelos exibidos por infracções às leis de jogo, normais num jogo de futebol, uma grande penalidade claríssima assinalada a favor do Rio Ave, em suma uma excelente arbitragem onde Bruno Esteves fez o que se pede a um árbitro, ou seja passar pelo jogo sem se fazer notar. Nota 4

Por fim Bruno Paixão de Setúbal deslocou-se até Coimbra para dirigir a Académica vs Nacional da Madeira, jogo com muitos golos, alguns casos mas na generalidade sempre bem decidido por Bruno Paixão que apresentou uma condição física razoável, que pode e deve melhorar ainda. Aos 70 minutos surge o caso do jogo quando Bruno Paixão assinala grande penalidade a favor da Académica a castigar falta de Danielson, lance correctamente decidido e respectivo cartão amarelo para o jogador nacionalista, o que neste caso seria o segundo e consequente expulsão, aliás Bruno Paixão demonstrou em todo o jogo sempre uma correcta aplicação da vertente disciplinar e uma aplicação correcta das leis de jogo, por tudo isto nota muito positiva para o árbitro de Setúbal. Nota 4

Este texto foi escrito por Joaquim Marques.

1 comentário:

Anónimo disse...

“Se um defensor efectua um pontapé que leve a bola no sentido da linha de baliza (vulgo linha de cabeceira), seja esse pontapé um corte ou um passe..."

Como a palavra diz: Pontapè, vem de pé!!! Que eu saiba caneleira, não é pé... mas sim perna...!!

É como um jogador de ténis: manda uma raquetada e em vez de mandar com a rede, mandar com o aro... quem tenha jogado 10 minutos de ténis sabe que a bola leva direcções completamente diferentes.