domingo, 1 de janeiro de 2012

Balanço de 2011


Após termos deixado 2011, deixo vos aqui um pequeno texto do Balanço de 2011 dos 3 grandes.

A notícia foi retirada do site "zerozero.pt".

O ano de 2011 ficará registado sob o signo do Dragão. Campeão sem derrotas, juntou-lhe o bónus de ter conquistado o mais importante dos títulos internos em plena casa do «inimigo» número um, o Benfica. A fechar a época conquistou a Taça de Portugal mas a coroação de um clube e de um homem deu-se em Dublin. André Villas-Boas virou o sonho em realidade e deu ao FC Porto o sétimo título internacional, ao ganhar a Liga Europa.


A glória e a depressão personificadas num nome

O ano civil de 2011 foi bipolar para um FC Porto que ganhou tudo. E comecemos por aí. Em Portugal, a supremacia foi esmagadora. A equipa de André Villas-Boas empatou apenas um jogo em 2011 (3x3 com o Paços de Ferreira) quando há muito era campeã e terminou a Liga com 21 pontos de vantagem sobre o 2.º classificado, o Benfica. E foi precisamente em casa das águias, na noite do dia 3 de Abril, que o dragão selou a conquista do 25.º título nacional, com direito a festa à meia-luz e sistema de rega para o banho de campeão.

Da Luz ao Jamor, a viagem foi curta e o final o mesmo. Perante um Vitória de Guimarães sem argumentos para o «super» FC Porto de Villas-Boas, a Taça de Portugal acabou nas mãos de Helton, Moutinho e companhia, que ergueram o 16.º troféu portista na prova rainha do futebol português.

Mas o toque de ouro num ano inesquecível para os portistas já tinha acontecido, cinco dias antes. O destino uniu duas equipas lusas - e nortenhas - em Dublin, na Irlanda, para entre si discutirem o título da Liga Europa. E o final de tarde na Irlanda marcaria, curiosamente, o início do fim de uma «pequena» sociedade de sucesso no FC Porto. Radamel Falcao, melhor marcador da história da Taça UEFA/Liga Europa cabeceou o dragão (1x0) para o sétimo troféu internacional e Villas-Boas aproximava-se da lenda de Mourinho. Os dois, acabariam por deixar a Invicta no Verão de 2011...

Esse Verão que fez tremer o «super» FC Porto. As juras de amor de um treinador jovem, carismático e de sangue portista evaporaram-se perante os milhões de Roman Abramovich. Villas-Boas renunciou à «cadeira de sonho» e rumou ao Chelsea, onde mais uma vez se iria deparar com o «fantasma» de Mourinho. Falcao, esse, partiu para Madrid, mas para o Atlético, e o FC Porto começou a nova temporada a perder. Foi frente ao FC Barcelona, é certo, (0x2), na Supertaça Europeia, mas o novo homem do leme, Vítor Pereira, começava da pior forma, e nem o triunfo na Supertaça portuguesa sobre o Vitória de Guimarães por 2x1 apagou isso.

O ano termina com o FC Porto em 1.º no campeonato de mãos dadas com o Benfica. Mas pelo caminho já ficou a Taça de Portugal - com derrota pesada em Coimbra por 3x0 - e sobretudo a Liga dos Campeões. Nuvens cinzentas num ano que será sempre recordado pela Luz sem «luz», o voo de Falcao em Dublin e a prova de que os sonhos nem sempre são para se cumprir.

Num balanço geral e numérico do ano civil, nos 62 jogos realizados, o FC Porto venceu 45 encontros, empatou oito e perdeu nove. Vítor Pereira, por exemplo, perdeu quatros desses nove.



Nem a Liga Europa salvaria o FC Porto campeão na Luz

O ano de 2011 está para o Benfica ao contrário do que está para o FC Porto. Quer isto dizer que o final da última temporada foi «abusiva» em desilusões mas o ano termina com um Benfica de boa saúde. Depois de ver o FC Porto campeão na Luz, cair em Braga a um pequeno passo da 9.ª final Europeia da sua história e de voltar a ser batido pelo FC Porto na Luz, nas meias-finais da Taça de Portugal, o Benfica tinha de se recompor.

É certo que em Abril conquistou em Coimbra a terceira Taça da Liga consecutiva (2x1 ao Paços) - as águias são o único clube luso que já ganhou todas as provas internas oficiais -, mas as feridas eram demasiado grandes para se curarem com o terceiro troféu mais importante. Assim, 2011 termina com a liderança partilhada e com um lugar nos oitavos da Champions. A Taça de Portugal já foi, é certo, mas por esta altura o Benfica ainda transpira saúde.

Num olhar aos números, em 2011 os encarnados realizaram 67 jogos, com 45 triunfos, 15 empates e sete derrotas, algumas dolorosas, como a de Braga na Liga Europa, e as da Luz com o FC Porto, na Liga e na Taça (1x2 e 1x3).



Do caos à Paciência por tempos melhores

Os sportinguistas olharão para 2011 com um filtro bem reduzido. Os últimos três meses distinguem-se em qualidade e resultados desportivos, por comparação a um ano que foi caótico em Alvalade. O Sporting terminou a época a 36 pontos do FC Porto, sem títulos e com José Couceiro a acumular funções depois da saída de Paulo Sérgio. E quando tudo já era mau, ficava ainda pior, como na queda europeia diante do Glasgow Rangers, em casa, aos 92 minutos.

No Verão, muita coisa mudou. Chegou Domingos Paciência e com ele novos jogadores, numa mudança de política do clube. O arranque foi desastroso, com dois empates e uma derrota em casa a abrir a Liga, mas a paciência deu frutos. O Sporting termina o ano em todas as frentes - é o único - e o novo ano servirá para confirmar essas boas indicações.

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